Um dos erros mais comuns entre empreendedores é misturar as finanças da empresa com as finanças pessoais. Apesar de parecer prático no dia a dia, isso pode gerar problemas sérios tanto na gestão quanto na parte fiscal.
Entender a importância de separar as movimentações da Pessoa Jurídica (PJ) e da Pessoa Física (PF) é essencial para manter a organização, cumprir as obrigações legais e garantir o crescimento saudável da empresa.
O que significa separar PJ e PF?
Separar PJ e PF significa:
- Ter contas bancárias distintas (conta pessoa jurídica separada);
- Registrar entradas e saídas de forma separada;
- Fazer retiradas da empresa por meios legais, como pró-labore ou distribuição de lucros;
- Não usar o dinheiro da empresa para gastos pessoais (e vice-versa).
Por que não misturar as movimentações?
1. Evita problemas fiscais
Quando o empreendedor usa o dinheiro da empresa para fins pessoais (ou o contrário), pode levantar suspeitas na Receita Federal, dificultando o controle da origem dos recursos e podendo até gerar autuações fiscais.
2. Facilita a gestão financeira
Com as finanças separadas, fica muito mais fácil:
- Controlar o fluxo de caixa da empresa
- Saber quanto o negócio realmente está lucrando
- Planejar investimentos, despesas e crescimento
3. Garante clareza na contabilidade
A contabilidade precisa refletir a realidade da empresa. Misturar despesas pessoais com movimentações da PJ dificulta os lançamentos contábeis e pode comprometer a apuração correta dos impostos feita pela Fortmobile.
4. Evita desequilíbrios financeiros
Gastar dinheiro da empresa como se fosse pessoal pode levar o negócio a ficar sem capital para pagar contas, fornecedores ou funcionários.
Boas práticas para manter a separação
- Abra uma conta bancária exclusiva para a empresa
- Faça retiradas de valores usando pró-labore (como salário) ou distribuição de lucros (após apuração contábil)
- Nunca pague contas pessoais com dinheiro da empresa, nem use sua conta pessoal para pagar despesas do negócio
Exemplo prático
Imagine que você compra um celular novo com o cartão da empresa, mas vai usá-lo só para uso pessoal. Esse tipo de gasto pode ser interpretado como desvio de finalidade e afetar tanto a contabilidade quanto a regularidade fiscal da empresa.
Manter as finanças da Pessoa Jurídica separadas da Pessoa Física não é só uma boa prática — é uma necessidade para garantir a transparência, a organização e o bom funcionamento do seu negócio. Além de facilitar a gestão, essa separação protege o empreendedor de riscos legais, fiscais e financeiros.